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Eu sou Luzia Oliveira, doutoranda em Ensino de Ciências Exatas, e quero compartilhar um pouco da minha jornada com você — mais especificamente, sobre uma das etapas mais exigentes da pesquisa acadêmica: o Estado da Arte.

Um sonho com sacrifícios

Minha tese está sendo construída a partir de uma pesquisa de campo em uma escola municipal da minha cidade, envolvendo professoras da Educação Infantil. Me qualifiquei em setembro de 2024, e posso dizer com orgulho que fui elogiada principalmente pelo Estado da Arte da pesquisa.
Mas nem sempre foi assim…

Foram quase nove meses imersa em leituras, resumos, marcações e análises. Perdi noites de sono, emagreci, passei menos tempo com meu filho e renunciei a muitos momentos em nome de um sonho. Um sonho que antes parecia distante — e que, hoje, está tomando forma.

Quem vê os elogios, não imagina o caminho percorrido.

Fonte: Banco de Imagens do Canva.

Subestimando o Estado da Arte (até que ele me pegou)

No início, confesso que subestimei a importância do Estado da Arte. Eu sabia que precisava fazer, mas não compreendia o quanto ele definiria os rumos da minha pesquisa. Quando finalmente mergulhei nessa etapa, me vi completamente envolvida: eram textos, teorias, métodos, regiões, dados… Tudo precisava fazer sentido.

Foi então que decidi buscar ajuda. Pedi dicas a uma amiga que já tinha defendido sua dissertação, e, principalmente, me comprometi com o processo.

Etapas práticas da construção

A seguir, compartilho os passos práticos que segui, que podem ajudar você também:

1. Definir o tema com a orientadora
   Passamos por várias possibilidades até encontrar um que pulsava mais forte no meu coração.
2. Escolher as plataformas de busca
   Para a construção do Estado da Arte da Tese, utilizei:
   • SciELO
   • Portal de Periódicos da CAPES
   • Página de Teses e Dissertações dos Programas de Pós-Graduação da UNIVATES
   • Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)
   Para a construção do Estado da Arte do Produto Educacional, utilizei:
   • Plataforma EduCAPES
   • Página de Produtos Educacionais da UNIVATES
   • Página de Produtos Educacionais do Instituto Federal do Rio de Janeiro
3. Aprender a utilizar os comandos de busca
   Além das palavras-chave, usei frases completas para otimizar os resultados, especialmente no SCIELO.
4. Refinar a seleção por etapas
   • Primeiro os títulos
   • Depois os resumos
   • E por fim, leitura na íntegra dos artigos, dissertações, teses e produtos educacionais.
5. Analisar o conteúdo com base nos objetivos da pesquisa
   Apenas os que dialogavam diretamente com minha proposta entraram no projeto.

A experiência além dos dados

Esta etapa do trabalho foi fundamental e extremamente proveitosa. A leitura de cada artigo, dissertação e tese selecionados foi edificante e transformadora. Reforcei a relevância do ensino de Ciências da Natureza na Educação Infantil e da formação continuada de professores.

Além disso, o processo me permitiu:

• Conhecer novas teorias e autores que embasam minha proposta;
• Identificar lacunas importantes nas temáticas;
• Aprofundar o entendimento sobre os contextos das pesquisas.

Foi um verdadeiro mergulho na riqueza das produções acadêmicas, que consolidou ainda mais a minha proposta.

Fonte: Banco de Imagens do Canva.

Recorte temporal e critérios de busca

O Estado da Arte da Tese abrangeu um recorte temporal dos últimos 10 anos (2014 a 2023). Os descritores utilizados foram:

• Educação Infantil;
• Ciências da Natureza;
• Ambiente;
• Formação de Professores;
• Formação Continuada de Professores;
• Espaço de Ensino.

Critérios de inclusão:

• Artigos, dissertações e teses dos últimos 10 anos (2014–2023);
• Textos em português, inglês, espanhol ou italiano;
• Trabalhos relacionados aos descritores mencionados.

Critérios de exclusão:

• Textos fora do recorte temporal;
• Textos em outros idiomas;
• Trabalhos duplicados ou sem relação direta com a proposta.

Estado da Arte do Produto Educacional

Para o Produto Educacional, as buscas também focaram nos últimos 10 anos (2014 a 2023), com o objetivo de identificar o que já foi publicado, gerar ideias para a organização do curso de formação continuada (objeto da pesquisa) e refletir sobre conteúdos e situações de aprendizagem.

Os descritores utilizados foram combinados em diferentes formatos, como:

1. Educação Infantil, Ciências da Natureza, Ambiente, Formação de Professores;
2. Educação Infantil, Ciências da Natureza, Ambiente de Ensino;
3. Educação Infantil, Ambiente de Ensino, Formação Continuada de Professores;
4. Educação Infantil, Ciências da Natureza, Espaço de Ensino.

Critérios de inclusão:

• Produtos educacionais entre 2014 e 2023;
• Em português;
• Do tipo texto ou curso;
• Disponíveis nos links das plataformas.

Critérios de exclusão:

• Produtos fora do período;
• Duplicados;
• Não disponíveis para acesso.

A inclusão da plataforma do Instituto Federal do Rio de Janeiro ocorreu por indicação durante a disciplina “Prática Profissional Docente: Produto Educacional (etapa I)”, cursada no doutorado, por sua forte conexão com a proposta do meu programa.

O que encontrei (e o que não encontrei)

Durante essa jornada, identifiquei uma grande carência de propostas que incentivem a participação ativa das crianças no ensino de Ciências, especialmente considerando o contexto regional da sub-região Meio Norte do Brasil.

Veja alguns dados relevantes da minha análise:

• Total de trabalhos analisados: 54 (entre artigos, teses e dissertações)
  • Maranhão: 1
  • Piauí: 0
  • Destaques:
    • Rio Grande do Sul: 15
    • São Paulo: 10
    • Paraná: 8
• Produtos Educacionais analisados: 15
  • Maranhão e Piauí: nenhum
  • Nordeste brasileiro: nenhum
  • Destaques:
    • Rio de Janeiro: 6
    • Rio Grande do Sul e São Paulo: 2 cada
    • Paraná, Goiás, Amapá, Pará e Rondônia: 1 cada

Por que isso importa?

Esses dados mostram que a produção acadêmica sobre a organização de ambientes para o ensino de Ciências na Educação Infantil ainda é muito concentrada em algumas regiões do país. Valorizar os elementos naturais do território onde a criança vive é essencial para um ensino contextualizado, e precisamos fazer isso desde os primeiros anos escolares.

Minha pesquisa traz justamente essa contribuição: mostrar que é possível transformar o ensino de Ciências a partir da realidade local, com propostas acessíveis e significativas para as crianças.

Um convite

Se você também está nessa jornada do doutorado ou pretende iniciar, quero te dizer: você não está sozinha(o). Compartilhar experiências é uma forma de fortalecer nossa caminhada e transformar a Educação de dentro pra fora.

Tem alguma dúvida sobre como organizar seu Estado da Arte? Quer trocar ideias sobre pesquisa na Educação Infantil ou ensino de Ciências?

📩 Me mande uma mensagem em nosso WhatsApp ou comente aqui embaixo. Será um prazer te ajudar!

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Luzia Oliveira, Cristã, Mulher, Mãe, Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Coach com Formação Febracis, Analista de Perfil Comportamental, Mentora de Mulheres, Mestre em Gestão e Doutoranda em Ensino de Ciências Exatas. Mais de 18 anos de experiência, na área de Educação, Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Palestrante e Ministrante dos Livros: Decifre e Fortaleça seu Filho; Educar, Amar e Dar Limites e O Poder da Ação do Mastercoach Paulo Vieira. Criadora da “Mentoria Identidade Feminina” e “O caminho”. Recadinho para você que chegou até aqui!. Quero lhe convidar a me acompanhar e depois me contar se te ajudei de alguma forma. Sou muito grata por ter você trilhando o extraordinário junto comigo. Bjs s2.

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